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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Violência obstétrica, diga não a este ato!



Em uma semana que foi marcada pelo julgamento de Elisa Samudio, mais uma vitima da violência contra a mulher, onde muito mais do que a condenação de seus agressores, espera-se que finalmente que esta pratica cesse.

A violência contra a mulher que esta presente desde a época da inquisição, onde milhares de mulheres inocentes foram torturadas e mortas simplesmente por acreditarem ou terem uma postura diferente da estabelecida pela sociedade da época.

Mesmo após, centenas de anos, milhares de mulheres ainda sofrem maus tratos e torturas físicas e emocionais em seus lares, locais de trabalho, escola, rua, ou seja, em qualquer local e pior estas agressões muitas vezes são realizadas por pessoas que deveriam as amparar, assistir, proteger ou auxiliar.

Este ato também ocorre em unidades de saúde, sejam eles hospitais, postos de saúde,  ambulatórios,  etc, por profissionais que foram ou deveriam ter sido educados e treinados, a no mínimo respeitar o próximo.  Mas, o desrespeito a outro ser humano nos serviços de saúde, esta presente em todos os seus cantos, o que não excluiria maternidades e centros obstétricos,  unidades que para muitas pessoas são doces e meigas como um recém-nascido, mas que escondem agressões algumas vezes sutis, outras nem tanto, que marcam a vida de uma mulher e de seu filho para sempre.

As agressões omitidas e escondidas, que deveriam envergonhar os profissionais que atuam na área da obstetrícia,  porque eu me sinto envergonha, mas também muito ofendida, afinal antes de ser enfermeira obstétrica  sou mulher, foram relatados em um vídeo  realizado de forma voluntária e espontânea por: Bianca Zorzan, Ligia Moreira Sena, Ana Carolina Arruda Frazon, Kalu Brum e Armando Rapchan devido ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher.


Violência Obstétrica - A voz das brasileiras


Ao assistir o vídeo me senti emocionada, porque diante de um momento onde a mulher encontra-se tão vulnerável  atitudes e procedimentos que são vistos e executados por profissionais de saúde como "protocolos", visam unicamente agredir, humilhar e violar, não apenas leis, mas a relação entre mãe e filho, o corpo e a alma de uma mulher.

Não podemos esquecer a violação dos sentimentos de um novo ser humano que naquele momento ainda não pode se defender, o bebê. Segundo Michel Odent, no livro O Camponês e a parteira, a violência gerada no momento do parto seja ela física ou emocional, traz marca  neste novo ser humano que irá se manifestar na fase adulta, onde ao "examinar as consequências a longo prazo da forma pela qual nascemos significa penetrar no campo da sociabilidade, da agressividade, ou, para colocar de outra maneira, da capacidade de amar.”. 

Por isso, esta moda de parto humanizado ou parto domiciliar, não é "maluquice, bobagem e nem retrocesso para o primitivismo" e sim um resgate a valorização da vida e do  poder feminino, que apenas um parto natural é capaz de despertar, afinal como disseram as feministas da década de 70 "NOSSO CORPO NOS PERTENCE".

Leituras recomendadas:


Violência Obstétrica - A voz das brasileiras

Resgate do trabalho de parto

Parto: Um ritual de inter-relação com o mundo espiritual


sábado, 10 de novembro de 2012

Parto natural e aleitamento materno, como ações de prevenção ao câncer de mama



Que o parto natural e amamentação fazem bem para saúde do binômio (mãe e filho), não é novidade para ninguém e sei que o outubro rosa já passou, mas a prevenção do câncer de mama não pode ficar restrita apenas ao mês de outubro, sendo assim, por que não unir parto, amamentação e câncer de mama?

Então vamos lá. Quando uma mulher entra em trabalho de parto como já vimos no post Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer, a mulher libera uma quantidade enorme de ocitocina.

Este hormônio não age apenas nas contrações uterinas na hora do parto, ele também provoca contrações das glândulas mamarias, causando um tipo de inflamação destas glândulas, que serve como estimulo para produção de outro hormônio, a prolactina, que é responsável pela produção de leite, ou seja, o parto natural estimula a produção de leite e consequentemente, o aleitamento materno.

Assim, como existem fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama, existem fatores que previnem  o desenvolvimento da doença, sendo que o aleitamento materno é um destes fatores.

Isto mesmo! Uma mulher que amamenta por no mínimo seis meses cada um de seus filhos reduz em até 7% a incidência de câncer de mama, estes dados são fruto de uma pesquisa realizada no centro de pesquisa do câncer da Grã-Bretanha, na qual o intuito era descobrir porque em países pobres o índice de câncer de mama é tão inferior a de países ricos (www.bbcbrasil.com).


Não quero dizer que mulheres que tem ou tiveram seus filhos por parto cesárea, não conseguem amamentar, mas apenas 5% destas mulheres conseguiram amamentar seus filhos na primeira hora de vida, isto ocorre porque a mulher tem que esperar seu corpo produzir todos os hormônios necessários para ter uma amamentação eficaz após o parto, o que não acontece em um parto natural onde à produção hormonal ocorre simultaneamente.

O tempo necessário do estimulo hormonal até a produção de colostro em uma mulher que teve cesárea é em torno de 12 horas e este tempo já é o suficiente para mulher acreditar que não pode amamentar, sendo que este estado emocional interfere na produção do leite, como vimos no post Amamentação: o resgate do poder feminino, além disso, durante este período ocorre a primeira refeição do recém-nascido com leite artificial, dificultando ainda mais um aleitamento materno eficaz.

Não podemos esquecer que o câncer de mama é a doença com maior índice de morbi-mortalidade entre as mulheres e que alguns fatores de risco não tem como evitar, como antecedência familiar, então as mulheres deveriam ao menos possuir algumas atitudes que auxiliam na prevenção desta doença.

Dentre estas atitudes podemos citar, consumir alimentos naturais e de preferencia orgânicos, porque os hormônios utilizados na agricultura e agropecuária também estimulam o câncer de mama, praticar atividade física regularmente,  não fazer uso de cigarro, alem é claro ter um parto natural e a amamentar seu filho.

Afinal, o parto natural estimula a produção hormonal na medida e na hora certa, para que a mulher tenha uma amamentação eficaz e assim reduza a sua chance de ter um câncer de mama no futuro.



sábado, 3 de novembro de 2012

Aborto: uma história de aprimoramento espiritual



Passado o mês de outubro sem escrever nada no blog, começo o mês de novembro com uma publicação muito importante para mim e na qual pensei que demoraria muito mais tempo para escrever sobre este tema: o aborto. Afinal, um blog que fala sobre gestação, não poderia deixar de aborda-lo, porque nem todas as gestações tem sucesso.

Aborto é um tema polemico, onde todo mundo tem uma opinião e muitos argumentos tanto para defendê-lo quanto para recrimina-lo, além é claro, dos aspectos religiosos que estão impregnados em nossas veias, principalmente quando o aborto é provocado.

Sempre acreditei que a mulher deveria ter o direito de escolher o melhor momento para ter um filho, afinal, criar e educar uma criança requer muito tempo e cuidado, não é simplesmente dar a luz, e após o parto entregar esta nova vida que lhe foi confiada por Deus, para que outra pessoa ou o Estado cuide e se responsabilize por ela.

Sendo que a única responsável por esta nova vida é a mãe, mas para muitas mulheres o simples fato de ter dado a luz e ter “sofrido” na hora do parto, já é o suficiente por todas as necessidades e cuidados que este novo ser humano necessita dela. Acredito então, que este seja o motivo de tantas crianças abandonadas, mal tratadas, mal educadas e mal cuidadas que vemos diariamente nos meios de comunicação.

Se a mulher tivesse a consciência de que aquele filho é um filho de Deus e que este lhe foi dado em confiança e se ocupasse o tempo disponível e necessário para os cuidados que uma criança precisa, talvez os programas de planejamento familiar, através da distribuição gratuita de métodos contraceptivos, tivesse o efeito esperado.

Enquanto isso não ocorre, vivemos a desesperança de um futuro não muito distante. Mas, não estou aqui para falar do papel da mulher/mãe, e sim do aborto.

Para uma mulher que teve um aborto natural, ver a situação citada acima é ainda mais doloroso, o que a deixa inconformada, principalmente quando se vivencia isso diariamente, como é o meu caso, que tive um aborto natural há quase dois anos e meio. Por isso digo que não foi doloroso ainda é, afinal esta é uma dor que não cicatriza nunca, é logico que diminui e fica menos frequente, mas não passa.

Talvez porque esta dor esteja se transformando em consciência, é que venho através deste texto escrever não apenas um desabafo, o que já é muito importante, porque por muito tempo queria negar este fato a mim mesma, afinal ao me aproximar dele, me aproximava da minha maior falha, a de não ter conseguido gestar uma nova vida. Mas esta não é a única função do texto e sim elucidar e confortar mulheres que assim como eu possuem este sentimento.

Após este aborto natural, nunca mais tive coragem de tentar novamente engravidar, tive muita vontade, fui a médicos, clinicas de reprodução, mas o medo de não conseguir sustentar uma nova gravidez foi mais forte, porque já sabia o quanto tinha sofrido na gestação anterior e sem saber e com muito medo da minha reação diante de outra falha não prossegui nestas tentativas.

Busquei as explicações mais absurdas para o ocorrido, coloquei a culpa além de mim é claro em varias pessoas, mas hoje acredito que nada disso era a verdade. Assim, passo a acreditar que não existem culpados e sim a falta de condições necessárias para que a gestação fosse até o final, sei também que muitas pessoas tentaram me fazer ver isso, para que meu sofrimento cessasse, mas diante da amargura desta dor é impossível compreender alguma coisa, mesmo assim a própria Mãe Natureza me mandou um exemplo há mais ou menos um ano para que eu pudesse me ver e me acalmar e assim criasse a coragem necessária de tentar engravidar novamente, mas naquele momento também foi em vão, digo naquele momento, porque hoje não é mais assim e é por causa deste exemplo que estou escrevendo este post.

Ontem, finados, dia dos mortos, encontrava-me, juntamente com a Thamires e Carla, semeando bandejas de hortaliças na chácara Day Luz, onde realizo trabalho voluntario. Não sei como começamos a falar sobre o aborto e foi quando dei o exemplo que vou digitar logo abaixo:

Um dia na unidade de saúde em que trabalho apareceu uma mulher desesperada e queria conversar comigo, entramos em uma sala e começamos a conversar. Foi então que ela me disse que estava gravida e queria fazer um aborto, porque não tinha condições de cuidar de uma criança naquele momento, onde além de trabalhar, tinha uma mãe doente e acamada e como não tinha condições financeiras para pagar um cuidador, era ela que tinha que desempenhar este serviço, afinal era filha única. Assim não teria tempo de cuidar desta criança, depois de desabafar e decidida a realizar o aborto, foi embora. Passado quatro ou cinco meses a mesma mulher retornou a unidade, para iniciar o pré-natal, porque estava gravida novamente, então durante a consulta ela contou o restante da historia: no outro dia após nossa conversa ela teve um aborto natural, onde nem ela mesma acreditou no que estava acontecendo. Depois de dois meses do aborto natural, sua mãe faleceu e agora se encontrava gravida novamente, mas que diferente da outra vez, não queria mais um aborto, porque agora que a mãe tinha falecido teria condições de cuidar do bebe e assim ela terminou a conversa: tenho certeza que este bebe é o mesmo bebe que eu perdi e ficou esperando eu estar pronta para ficar gravida dele novamente.

Sei que tudo isso não parece muito ético, mas não mencionei o nome da pessoa em nenhum momento, mas sei, que ao ler este trecho ela irá se reconhecer, mas espero que me desculpe profundamente, porque foi a sua historia que me fez ver o aborto de outra forma e assim acredito que também possa auxiliar inúmeras outras mulheres que passaram ou passam por esta experiência.

Mas vamos voltar ao tema, sempre soube que assim como esta mulher que compareceu ao meu serviço, era possível, provocar um aborto espontâneo, se a mulher acreditasse que o momento para gestação não era aquele, mas estaria marcando um encontro com a gestação no futuro quando tivesse as condições que ela acreditava ser necessárias para ter um filho.

Só não imaginava que não era apenas a mulher que determinava o momento e as condições necessárias para que a gestação ocorresse e se sustentasse, mas também o espirito que se preparou para reencarnar como seu filho, ou a própria Mãe Natureza, sendo assim, passo acreditar que talvez seja este o motivo para ter sofrido um aborto natural, mesmo tendo desejado tanto aquela gravidez.

Hoje, consigo ver o quanto eu mudei, o quanto amadureci, estou até dividindo com vocês a minha maior falha e dor, mas aprendi que nem tudo é como a gente quer e imagina, mas que é preciso aprender com nossas falhas, porque ninguém é perfeito e apenas nos enfrentando é que conseguiremos ser melhores, não melhor do que ninguém, mas melhor do que fomos ontem.

Se não tivesse passado pela experiência do aborto, talvez tivesse apenas argumento de ser a favor ou contra para digitar neste texto e não este sentimento e um profundo respeito à dor que uma mulher sente diante de tamanha perda.

Ainda não sei se terei forças para tentar engravidar novamente, apesar do meu desejo profundo, mas acredito que ontem recebi uma visita senão deste espirito, de algum ente muito querido, para ver como eu estava e assim com o auxilio de outras duas mulheres me fez ver e compreender de outra forma tudo que havia me ocorrido há dois anos e meio atrás.

Sendo assim, espero que as mulheres que sentem esta dor que descrevi nestas linhas também se fortaleçam, se aprimorem e principalmente se enfrentem, porque só assim conseguirão alcançar as condições necessárias para gestar uma nova vida em seu ventre e assim possa reeduca-lo como um filho de Deus.

sábado, 29 de setembro de 2012

O hímen uma proteção energética da mulher



Como mencionei no post, "Quando ter a primeira relação sexual?", durante uma relação sexual os órgãos genitais femininos internos se dilatam e abrem para que a relação sexual ocorra. Mas, você deve te achado uma coisa estranha. Eu ter escrito que o hímen, não se rompe com a relação sexual, não é mesmo!

O hímen é composto de fibras elásticas que dilatam antes que a relação sexual ocorra, por isso, antes da penetração deve haver muita conversa e preliminares, para que o corpo feminino se prepare para receber o pênis e o mesmo se mode a anatomia da vagina.

O hímen fica localizado na entrada da vagina e passou a ser rompido como prova da virgindade de uma mulher e quando estas fibras se rompem ocorre um pequeno sangramento que  passou a ser honra de um homem. Afinal, por muitos anos, após a primeira relação sexual o homem pendurava na janela o lençol sujo de sangue, para mostrar a todos os habitantes daquela região, o seu dominio e a opressão ao poder feminino
.  

Mas, voltemos a função do hímen  Sua função é proteger o útero de possíveis infecções, além é claro, de tipos variados de energias.

É lógico, que em uma relação sexual o corpo uterino se preenche de energia  mas esta energia foi você permitiu que entrasse e fizesse parte dos seus corpos físico  emocional e mental. Afinal,  útero feminino é o cálice da reconciliação, porque tem a capacidade de unir dois inimigos como irmãos consanguíneos  e zerar a equação, pois são sangue do mesmo sangue e este fato é tão forte que o amor sempre prevalece.

Como vocês devem ter observado o útero feminino tem o formato de um triangulo ou uma piramide invertida, que simboliza a origem da vida e assim é capaz de captar, transformar e devolver a energias para o ambiente em que você convive, esta troca ocorre através do solo, isso até que não seria tão ruim se andássemos em terra batida, mas os piso, o asfalto isola a energia do ambiente, assim quando uma mulher caminha forma uma outra piramide com as pernas, que canaliza toda a energia do ambiente para seu útero  Então, o hímen tem a função de proteger a mulher de energias não muito boas, ou protege-la das energias que você não é capaz de transformar. E quantas mulheres você conhece hoje que já teve relação sexual e ainda tem hímen?

Nenhuma. Por isso, apareceram as calcinhas, que tem esta função, proteger a área genital feminina deste tipos variados de energia, porque, a região genital da mulher capta e emana energia e assim, que a mulher é capaz de fertilizar e energizar por onde passa, por isso é tão importante utilizar saia.

Se você acredita que seu energia sexual, não esta muito boa ou você esta com algum corrimento vaginal que incomoda, é preciso reciclar sua energia, então entre em contato com a terra de preferencia de saia e sem calcinha, para que uma quantidade maior de energia seja trocada, porque a terra é neutra e também é um grande útero capaz de reciclar e transformar a sua energia e devolver para  você.

domingo, 23 de setembro de 2012

Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer



Hoje, vivemos a era a informação. A informação se descentralizou e não é mais propriedade de ninguém, é lógico que isso tem seu lado bom e ruim, pois a informação é neutra então terá a vibração da pessoa que faz uso dela.

Esta explosão de informação, também vale para todo o período gestacional, da concepção ao pós parto.  Dentre tantas informações que há neste imenso universo virtual, os tipos de parto e suas intervenções são as campeãs na discrepância de opiniões. Onde cabe a cada mulher ler, ouvir e tirar suas próprias conclusões, checando assim a sua verdade, o que realmente  quer experienciar em um momento tão especial, seu parto.

Em busca da verdade de cada mulher, os profissionais que lidam com este trabalho estão sendo obrigados a se moldar, a aceitar a vontade da mulher, que vai parir, porque mais do que informação sobre o tipo de parto e suas intervenções, ela conhece os seus direitos e sabe exatamente o que pode exigir do profissional ou da instituição, na qual escolheu para realizar este ato tão marcante na vida de pelo menos duas pessoas (mãe e filho).

Então, discutir os tipos de parto ou o melhor local para ter um filho, vou deixar para um próximo post. Hoje, quero falar de pelo menos uma das intervenções realizadas como rotina durante o trabalho de parto e suas implicações para o ser humano que está a nascer.

E são tantas intervenções, que é até difícil de escolher uma. Mas, vou escrever sobre o uso de ocitocina sintética, para indução e aceleração do trabalho de parto, talvez por ser uma das mais comuns ou uma das mais graves.

Muitas mulheres, nem sabem do que estou falando, mas sabe aquele soro que parece inofensivo, que colocam no braço da mulher  quando ela é internada em um hospital para ter seu filho?

Este soro, não é para hidrata-la porque "não pode" comer e nem beber nada. Muito pelo contrario este soro é um medicamento, chamado ocitocina.Aqui no blog você já leu muito sobre ele. 

A ocitocina presente no soro, é a sintetização de um hormônio que a mulher produz, ou deveria produzir na hora do parto, se seu clone sintético não fosse colocado diretamente em sua corrente sanguínea quando esta em trabalho de parto.

Dentre os inúmeros efeitos deste hormônio, é ele o responsável pelas contrações uterinas, ou seja, se este hormônio é administrado diretamente na veia, cai na corrente sanguínea, e a mulher começa a ter contrações uterinas mais fortes e frequentes.

Mas se você vem acompanhando o blog, já sabe que este hormônio, a ocitocina, é também o hormônio do amor, responsável pelo vinculo entre mãe e filho. Você em algum momento já pensou em quais as consequência da administração de um hormônio tão importante em um momento único para dois seres humanos?

Então, pense comigo. Quando uma mulher entra em trabalho de parto, sua glândula hipófise começa a produzir ocitocina, para contrair o útero e formar o vinculo entre mãe e filho, ou seja, para que naquele momento, ambos se reconheçam e que o amor se insta-le e cresça dentro deles. E assim, a mulher se sinta motivada para cuidar, alimentar e reeducar seu filho. E a criança que nasceu reconheça e respeite esta mulher, pois apesar das correções sabe que ela o ama, e que ele também a ama, mesmo sem saber explicar. Afinal, esta é a primeira lição que a Mãe natureza nos ensina, o AMOR. Pois, somos frutos e nascemos embebidos em muito amor.

Mas, ao injetar a ocitocina diretamente no corpo feminino, ocorre a inibição de sua produção natural, e assim, nada é aprendido e registrado, porque não foi a manifestação de um sentimento. E assim, deixa-se de aprender a primeira lição da Mãe Natureza, o AMOR AO PRÓXIMO E A SI MESMO. Imagine, quantas pessoas nasceram e nascem sem aprender a amar? E quais estas consequências?

Pois, uma pessoa que não conhece o amor, é capaz de muitas atrocidades, dentre elas: matar, roubar, se suicidar, se drogar. E não é isso que estamos vivendo hoje!  Isso ocorre, porque existe um vazio dentro destas pessoas, que nada mais é do que a falta de Amor. E de posse deste vazio, tenta se preenche-lo de qualquer forma e a mais comum é o vicio.

O vicio pode ser de qualquer natureza: drogas, comida, compras, violência, entre tantos outros.

Então, se queremos mudar o mundo é preciso mudar a forma que as pessoas nascem, pois seria ingenuidade acreditar que tantas influencias no nascimento não deixaria marcas física, emocional e mental em um ser humano, e assim, vivemos nos dias de hoje a carência de amor que está relacionada ao mal que fazemos a vida de um recém nascido, no momento de seu parto.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quando ter a primeira relação sexual?




Entre muitas dúvidas, anseios, vontades e desejos, o corpo de uma menina começa a se modificar e quando menos se espera, a primeira menstruação acontece. Esse fato que para algumas é um susto, para outras é uma grande alegria.

Mais importante do que o sentimento que explode na adolescente com a primeira menstruação é o real significado desta manifestação do corpo: quando uma menina menstrua pela primeira vez, significa que ela agora é uma mulher e manifesta a fertilidade como dom e assim, torna-se capaz de gerar ou gestar uma nova vida e ser mãe não apenas dos seus filhos biológicos, mas de todos os filhos do mundo. Por isso este é um momento tão especial, mágico e único, assim como a primeira relação sexual, que nada mais é do que a manifestação deste dom.

E assim como a menstruação, a primeira relação sexual também vem carregada de muitas dúvidas. Dúvidas estas que as mães poderiam tirar e orientar, mas como elas não receberam este tipo informações, não conseguem realizar uma conversa, sendo assim, orientam apenas que use camisinha.

Mas a menina adolescente, assim como a mãe em sua idade, também possui inúmeras dúvidas, medos, cobranças e insegurança a respeito da manifestação de sua sexualidade e esta única informação passa a não ser suficiente. Então, começa a buscar esclarecimentos com amigas e principalmente na internet.

A internet apenas cumpre a sua função que é informar, passar a lição, a matéria, como na escola, e estas informações compreendem desde posições sexuais, métodos contraceptivos ou como atingir o orgasmo. E de posse destas informações a adolescente acredita que já esta preparada para sua primeira relação sexual. Mas será que apenas estas informações são necessária para ter uma relação sexual?

Acredito que não, pois o que leva muitas meninas a terem sua primeira relação sexual é a curiosidade e a cobrança.

A cobrança por ainda ser virgem e os amigos falarem "que isso é careta, não está na moda". Então, essas falas acabam provocando a menina a ter que provar que é mulher. E ela acaba indo para uma experiência sexual, sem amor, ou melhor, sem sentimento nenhum, apenas para provar que também é capaz, pois já é uma “mulher”.

Para adquirir a coragem necessária para realizar a relação sexual, a garota acaba ingerindo bebida alcoólica ou algum outro tipo de droga para que seu corpo físico comungue com tamanha agressão.

Afinal, relação sexual é comunhão, ou seja, duas pessoas comungam, consomem a mesma energia, o sentimento que um nutre pelo outro e assim ambos serão apenas um e esta unidade é a centelha divina e é o que aproxima o ser humano da perfeição de Deus ou da Mãe Natureza.

E assim, uma mulher torna-se capaz de conceber uma nova vida, não importando se esta é a primeira ou a centésima relação sexual, se utiliza camisinha ou não, neste momento, a manifestação da vida esta presente.

Mas como é possível uma menina ir para relação sexual com alguém sem estar presente, em estado alterado de consciência? Simplesmente para cumprir função!

É isso mesmo, assim como nossas avós ou bisavós, uma adolescentes vai para “cama” com um rapaz para cumprir função, satisfazer as necessidades do garoto e não porque a experiência é a manifestação de um sentimento, um encontro com Deus.

A primeira lição que as meninas adolescentes deveriam aprender sobre sexualidade é que para se relacionar sexualmente com alguém é preciso estar de posse de você mesma, consciente dos seus atos, sóbria,  senão, ao em vez de você encontrar Deus, você vai marcar um encontro com o que divide e você pode dar o nome que quiser Diabo, Satanás, mas, na verdade, o que você irá encontrar são espíritos de baixa frequência que necessitam da energia vital que é gerada no momento da relação sexual e da energia que seu corpo produz quando você ingere álcool ou droga.

E assim, a menina, que agora é uma mulher, não é mais única, pois foi dividida, sua energia foi fragmentada e passa a ser consumida pelos espíritos que estiveram presentes durante a relação sexual e assim começam a influencia-la para que repita este tipo de relação sexual tantas quantas vezes eles acharem necessário. Sabe como eles fazem isso?

No momento da relação sexual, os genes do homem ficam registrados no corpo da mulher, como uma certidão de casamento, na qual prova que agora você (mulher) pertence aquele homem, pois carrega o seu DNA em seu corpo físico, mesmo que a concepção não aconteça. E não é apenas a energia do homem que fica registrado no corpo da mulher, mas dos espíritos que estavam presentes no ato sexual, porque em muitos momentos foram eles que interagiram com a mulher.

Além é claro que alguns deste espíritos pode reencarnar como fruto dessa relação sexual, pois é através da vibração energética gerada no momento da relação sexual que o espirito é atraído para reencarnar.

Então, menina/mulher, por mais cobrança que ocorra: se guarde, resguarde para que sua primeira relação sexual seja um encontro com Deus, porque somente assim, seu corpo irá aceitar esta relação e se abrir. Como assim, se abrir?

Sua vagina, seu hímen e seu colo uterino dilatam para receber o pênis. E assim, após a relação sexual seu corpo contrai e volta ao estado original, continuando fechado e protegido de infecções vaginais e energias de baixa freqüência e você continua única e sem interferências emocionais, mentais e espirituais.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O consumo de cerveja preta aumenta a produção de leite?



O ato de amamentar é um dos mais importante que uma mulher durante a primeira infância de seu filho, porque é quando ela doa muito mais do que nutrientes: doa amor, carinho, afeição, como já citei em Amamentação: o resgate do poder feminino.

Isso ocorre porque, durante a amamentação, o corpo feminino libera uma quantidade enorme de ocitocina. Os hormônios são os responsáveis pela manifestação das nossas emoções. Assim, a ocitocina é responsável pela manifestação do amor, o que também o torna responsável pelo vinculo entre mãe e filho.

Então, um ato transcendental como a amamentação, também é cercado por inúmeros mitos, dentre os quais podemos citar: "que o consumo de cerveja preta aumenta a produção de leite".

Propaganda de cerveja como um estimulante para a lactação no fim do século 19

Este mito nasceu quando uma industria de cerveja norte-americana divulgou que o salsodinol, um dos componentes da cerveja escura, estimularia a produção de prolactina, hormônio responsável pela produção de leite.

Somente após muitas pesquisas descobriu-se que esta substância não tem efeito na produção de leite.O que comprova que, o ato de beber cerveja durante a amamentação, é um mito.

O que realmente faz a mulher produzir uma quantidade maior de leite é ingerir água, ou seja, liquido.

Muito tempo se passou e este mito, além de se manter como uma verdade, foi reforçado, pois inúmeras mulheres acham mais prazeroso, ingerir bebida alcoólica (cerveja), do que água ou suco natural, afinal tudo é liquido.

Mas quais as consequência deste ato: a ingestão de bebida alcoólica durante a amamentação?

O álcool contido na cerveja e em outras inúmeras bebidas alcoólicas, quando ingerido por nutrizes ( mulheres que estão amamentando), interfere na qualidade e sabor do leite produzido.

Isso ocorre, porque o leite é produzido glândulas mamárias da seguinte forma: o sangue materno passa por estas glâdulas, há um aumento na produção de prolactina que age na transformação de sangue em leite. Assim, a mesma quantidade de álcool circulante no sangue materno estará presente em seu leite.

Quantidade de álcool contido no sangue de um individuo de 70kg e seus efeitos:
Quantidade de álcool por litro de sangue (em gramas)*
Efeitos
0,2 a 0,3 g/l - equivalente a um copo de cerveja, um cálice pequeno de vinho, uma dose de uísque ou outra bebida destilada
As funções mentais começam a ficar comprometidas. A percepção da distância e da velocidade são prejudicadas
0,3 a 0,5 g/l - dois copos de cerveja, um cálice grande de vinho, duas doses de bebidas destiladas
O grau de vigilância diminui, assim como o campo visual. O controle cerebral relaxa, dando sensação de calma e satisfação
0,51 a 0,8 g/l - três ou quatro copos de cerveja, três copos de vinho, três doses de uísque
Reflexos retardados, dificuldades de adaptação da visão a diferenças de luminosidade, super estimação das possibilidades e minimização de riscos e tendência à agressividade
0,8 a 1,5 g/l - a partir dessa taxa, as quantidades são muito grandes e variam de acordo com o metabolismo, com o grau de absorção e com as funções hepáticas de cada indivíduo
Dificuldades de controlar automóveis, incapacidade de concentração e falhas na coordenação neuromuscular
1,5 a 2,0 g/l
Embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão
2,0 a 5,0 g/l
Embriaguez profunda
5,0 g/l
Coma alcoólica
Fonte: www.alcoolismo.com.br

A tabela acima  faz uma relação entre a quantidade de bebida alcoólica ingerida e seus sintomas,  mas a quantidade de álcool circulante no corpo varia com a massa corpórea de cada individuo, ou seja, seu peso e estatura.

Vale lembrar, que existe um periodo de eliminação do alcool ingerido que varia com a quantidade consumida, então mesmo que a mulher não amamente em quanto faz uso da bebida alcoolica, anida é capaz de transferir o alcool pelo seu leite.

Sendo assim, mesmo que a mulher consuma um copo de cerveja e a quantidade de álcool no seu corpo seja minima, no momento da amamentação ocorre a transferência do álcool para o bebê, o teor alcoólico no sangue do recém-nascido torna-se muito maior, o que leva a criança a ficar embriagada e sonolenta, pois o álcool age diretamente no seu sistema nervoso central.

Como o bebê dorme com facilidade, depois da ingestão do álcool contido no leite materno, ele amamenta por um período menor, o que interfere em seu sistema imunológico, que está em processo de formação e necessita dos anticorpos materno, para se defender de microrganismos.

Acarreta, ainda, na diminuição da produção de leite, pois além de ingerir liquido a mulher necessita de estimulo para ter uma produção adequada de leite, ou seja, o bebê precisa sugar , como a criança dorme um periodo muito longo, não mama, e assim não estimula a produção do leite, ocorrendo o desmame precoce.

Segundo a pesquisa de Thomas Trotter, o desmame precoce aumenta o risco de alcoolismo na fase adulta. Isso porque, o álcool produz uma sensação de prazer, que se confunde com o sentimento de amor que é gerado no momento da amamentação, mas como a mesma foi interrompida ocorre uma carência deste sentimento o que leva o adulto ao alcoolismo.

Então, consumir bebida alcoólica durante o periodo da amamentação, não leva ao aumento da produção de leite, mas, o contrario, ao desmame precoce e este traz efeitos muito mais drásticos do que os demostrados na tabela; interfere na formação e nas tendencias de um novo ser humano.

Textos complementares de leitura:

Bebida alcoólica – Blog um pouco de luz

O álcool e seus efeitos na gestação – Blog gestando vidas

O álcool – Livro Drogas: da dependência à liberdade consciente

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O Álcool e seus Efeitos na Gestação


Em época de pré conferência, que tem como tema “Drogas: da dependência a liberdade consciênte”. Por que não falar do uso destas substâncias durante a gestação?

Tudo começa no pré natal, na primeira consulta onde tudo é inquerido, perguntado para que a assistência prestada naquele período seja equânime e individual. Então,  como não poderia deixar de ser, a gestante é questionada sobre o uso de drogas licitas e ilícitas.

E para a resposta ser verdadeira, depende do tipo de vínculo que o profissional conseguiu realizar com a nova mãe, pois,  o medo, o preconceito, a insegurança levam muitas mulheres a omitirem a sua realidade.

É logico que um profissional de saúde  habilidoso desconfia, mas é preciso a confirmação, para que o atendimento seja realizado de forma eficaz.

Então, depois de algumas consultas o vínculo se cria, a gestante confia no profissional que a assiste e começa a relatar sua vida como ela realmente é.

Dentre as drogas lícitas, o tabagismo é o mais comentado, pois a gestante faz uso diário e muitas vezes contínuos. Por mais que queira e saiba a importância da necessidade de parar de fumar, a gravidez, muitas vezes, traz ansiedade, medo e outros inúmeros sentimentos que levam a mulher a fazer uso do cigarro para relaxar e continuar “tocando” a vida.

Isso também, vale para as drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack ...), que causam danos devastadores, mas que apesar da consciência da necessidade de ter que parar de consumir, ela não consegue, pois seus corpos físico, emocional, mental e espiritual, já estão dependentes daquela substancia e de seus efeitos, que, entre muitas sensações, causam e levam à  fuga de si mesma, pois a grávida sabe o mal que está causando não apenas para ela, mas para o filho que carrega no ventre. E isto é tão forte, que a leva para um círculo ainda mais vicioso: para fugir do mal que causou para seu filho, acaba utilizado a droga novamente e este ato pode levar à morte de um ou de ambos.

Mas, hoje, vou falar do álcool. Presente em todos os lares, festas, baladas, comemorações, parece que sempre que as pessoas se reúnem precisam da bebida alcoólica, para brindar como se o álcool fosse o componente que liga ou interliga as pessoas.

Este fato tornou seu uso tão banal que faz passar despercebido na maioria das consultas de pré natal. A própria mulher não acha importante comentar, pois acredita que apenas uma dose não fará mal.

Mas quais os reais efeitos do álcool no corpo humano? Na mulher? Na gravidez?

O efeito no corpo humano depende da quantidade consumida. Passa-se de um estado de alegria, com 1 ou 2 doses, para o coma alcoólico e a morte, se ultrapassar 15 doses.

E a dose varia de acordo com o tipo de bebida que se esta consumindo. Ingerindo 350ml de cerveja, você terá 0,02% de álcool circulando em seu organismo. Mas se você consumir a mesma quantidade em ml de destilado, terá 0,14%, que provoca o mesmo efeito de uma anestesia cirúrgica.

Vale lembrar que o estado emocional em que a pessoa se encontra também influencia no efeito do álcool, então, se você estiver triste, seu efeito é  potencializado.

Você já deve ter ouvido falar que a mulher é mais susceptiva aos efeitos do álcool que o homem! E é verdade, pois o corpo feminino tem uma quantidade maior de gordura e esta não retem água. Então, o corpo não tem água suficiente para diluir a quantidade de álcool ingerida, tornando a quantidade circulante mais alta, o que deixa a mulher bêbada mais rápido.

Se a mulher estiver grávida os efeitos do álcool no corpo são ainda mais potencializados, pois a progesterona, hormônio que atua no preparo do útero para receber o embrião, é também o hormônio que deixa a mulher mais resistente aos seus efeitos, pois a progesterona também é responsável pela retenção de líquido. E a mulher estando no período gestacional produz uma quantidade muito baixa de progesterona, então, o álcool circulante no organismo de uma gravida é maior e assim passa para o feto, com muito mais facilidade, ainda  que a placenta filtre.

Como o embrião possui sua massa copórea muito pequena, a pouca quantidade de alcool que ultrapassa a placenta, já é suficiente, para interferir em todo o seu processo de formação e desenvolvimento, o que é chamado de síndrome alcoólica fetal.

Assim como em outras síndromes, a síndrome alcoólica fetal possui um conjunto de sinais e sintomas como: retardo no crescimento, alterações nos traços faciais que se tornam menos evidentes com o passar do tempo, alterações intelectuais, em especial deficit de aprendizado,  memória, atenção e socialização.


Isso ocorre porque, o álcool age principalmente no cérebro da criança e interfere no processo de maturação neuronal, na migração das células de mielização, na adesão celular, captação de calcio intra celular, alteração da membranas celulares e na produção dos fatores que regulam o crescimento.


Assim como o cigarro e as drogas ilícitas, o álcool também traz o relaxamento e a fuga da realidade para o qual se vive. Isso não quer dizer que estas pessoas são fracas, mas apenas sensíveis às situações ou pessoas que a mãe natureza conduz para a sua vida.

Então, parar de ingerir bebida alcólica na gestação é imprencidivel para que o bebê tenha uma saúde física, emocional e mental plena. Mas se você acredita ser dificil está pratica, este texto visa,  "atingir o campo racional, com exposição dos fatos e das consequências de suas atitudes, não importando os efeitos físicos, químicos e há quanto tempo o organismo esteja processando este torpor, se houver um momento de lucidez, um respiro de alma, é possivel sair, ainda que haja sequelas. Pois, é uma chance de resgate". (trecho extraído e adaptado do livro: Drogas: da dependência a liberdade consciente).


sábado, 25 de agosto de 2012

Parto: Um Ritual de Inte-relação com o Mundo Espiritual


Acordei pela manhã decidida a escrever mais um post no blog, tomei café, liguei o computador e pensei vou ligar a TV. Muitos temas passaram pela minha cabeça: " a importância do preparo do alimento, síndrome alcoólica fetal, e o parto como uma passagem". Foi quando parei na Natgeo e estava passando "Planeta Natgeo: O coração da Amazônia", o documentário já tinha começado, quando apareceu uma cachoeira, e o índio narrava a importância daquele local:

Aquela cachoeira, é a representação da mãe natureza, é daquelas águas que nascem todos os seres humanos do planeta, por isso aquele local e aquelas águas são sagradas. Que seus ancestrais foram os primeiros a nascerem daquelas águas e que a própria mãe natureza se personificou e ensinou o ritual fertilidade. Então, quando eles vão para aquele local e praticam o mesmo ritual, eles se conectam com a energia presente em todos os rituais realizados naquele local, ou seja, se conectam com a energia da mãe natureza, e assim o passado e o futuro se unem no presente.

Foi assim, que decidi escrever sobre o parto, afinal o parto também é um ritual, realizado desde o inicio dos tempos.

O parto é um ritual de passagem, "porque parir, é passar de um estágio a outro. É um rompimento espiritual e como todo rompimento, provoca dor. O parto não é uma enfermidade a ser curada. É uma passagem para outra dimensão." (Laura Gutman).

Isto mesmo, quando uma mulher dá a luz de forma natural, ela interage com  outras dimensões, isso ocorre devido o coquetel de hormônios que é liberado no momento do trabalho de parto, dentre eles o principal é a ocitocina.

A ocitocina, também é conhecida como o hormônio do amor, esta presente em vários momentos da nossa vida, como na amamentação e relações sexuais. Então, quando a mulher é embebida por este hormônio e se concentra nos movimentos do parto, ela entra em uma especie de transe, ou seja, se conecta com a força da mãe natureza que existe dentro dela, vivenciando o seu parto não apenas nesta dimensão, mas em todas as outras, e assim, controla a dilatação e contração uterina, conversa mentalmente com o espirito de seu filho e interage com todos os seres que a mãe natureza colocou a sua disposição para auxiliar-la no nascimento de mais um ser vivo.

É lógico que tudo isso dá muito medo, pois as mulheres não foram  educadas, para vivenciarem esta experiência, e o medo aumenta ainda mais, quando se nega o espiritual. Então, a dor gerada no parto, é a negação da experiência espiritual que o corpo físico preparou para a mulher. Caso contrario tudo se daria de uma forma mágica e natural como descrito no trecho abaixo, extraído e adaptado do livro Eternamente Ísis: O Retorno do Feminino Sagrado:

"Era noite, em meio a milhares de estrelas, a lua estava em sua fase cheia e irradiava sua luz para um cristal. Seres de outras dimensões estavam presentes e emitiam luz de varias frequências. Estes seres se encontravam em missão especial, pois davam assistência a uma mulher que estava a beira do lago, preste a dar a luz. A mulher encontrava-se feliz, e não manifestava nenhuma reação de dor ou desconforto. No local também haviam sacerdotisas que emanavam cânticos sagrados que tinham a capacidade de atrair as forças da lua. A parteira ajoelha-se diante da mulher e coloca suas mãos em seu ventre para entrar em contato com a criança. Telepaticamente, começa uma conversa com o ser que esta a nascer, orientando-o quanto o momento do nascimento, além de verificar suas condições físicas, emocionais e espirituais. Pois, tanto a mãe quanto a criança precisam estar unidas na mesma sintonia, para que o parto aconteça de maneira calma, tranquila e natural. A jovem mãe também conversava mentalmente com seu filho, transmitindo amor, acolhimento e segurança. Desta forma, a própria mãe controlava todo o trabalho de parto, no sentido de induzir e conduzir a dilatação uterina. A criança ajudava a controlar seus próprios impulsos, que favorecia a dilatação e comandava seu movimento de rotação na hora da saída do útero e passagem para o mundo físico. A parteira, auxiliava no controle da dor inibindo os impulsos das áreas cerebrais da mãe. A parturiente, encontra-se na posição de cócoras auxiliada por outras sacerdotisas, e recebe a emanação energética da lua e do cristal. Ao nascer as sacerdotisas colocaram o recém-nascido no lago, para que ainda mantivesse as sensações as quais estava acostumado durante as nove luas que tivera dentro do útero de sua mãe. Enquanto, isso a parteira auxiliava no nascimento da placenta, que também era mãe, pois nutrirá e sustentará o desenvolvimento da criança durante toda a gestação. Após a placenta era queimada e suas cinzas utilizadas nos rituais de fertilização da terra. Durante todo o trabalho de parto, uma anciã, mantinha um canal de captação e emissão das forças da lua, potencializando a energia magnética da terra e auxiliando na formação do campo de atração para fixação das forças da lua e da terra, potencializando assim o efeito do imã."

Eu sei que tudo isso, parece distante e muitas vezes impossível de acontecer nos dias de hoje. Mas este, é o ritual do parto e quando uma mulher entra em trabalho de parto, ela entra em contato com estas energias, com estes seres, e assim, como o índio da Amazônia disse no documentário o passado e o futuro se fundem no presente.