Que o parto natural e amamentação
fazem bem para saúde do binômio (mãe e filho), não é novidade para ninguém e sei
que o outubro rosa já passou, mas a prevenção do câncer de mama não pode ficar
restrita apenas ao mês de outubro, sendo assim, por que não unir parto,
amamentação e câncer de mama?
Então vamos lá. Quando uma mulher
entra em trabalho de parto como já vimos no post Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer, a mulher libera uma quantidade enorme de ocitocina.
Este hormônio não age apenas nas
contrações uterinas na hora do parto, ele também provoca contrações das
glândulas mamarias, causando um tipo de inflamação destas glândulas, que serve
como estimulo para produção de outro hormônio, a prolactina, que é responsável
pela produção de leite, ou seja, o parto natural estimula a produção de leite e
consequentemente, o aleitamento materno.
Assim, como existem fatores de
risco para o desenvolvimento de câncer de mama, existem fatores que previnem o desenvolvimento da doença, sendo que o
aleitamento materno é um destes fatores.
Isto mesmo! Uma mulher que amamenta por no
mínimo seis meses cada um de seus filhos reduz em até 7% a incidência de câncer
de mama, estes dados são fruto de uma pesquisa realizada no centro de pesquisa
do câncer da Grã-Bretanha, na qual o intuito era descobrir porque em países pobres
o índice de câncer de mama é tão inferior a de países ricos (www.bbcbrasil.com).
Não quero dizer que mulheres que
tem ou tiveram seus filhos por parto cesárea, não conseguem amamentar, mas
apenas 5% destas mulheres conseguiram amamentar seus filhos na primeira hora de
vida, isto ocorre porque a mulher tem que esperar seu corpo produzir todos os
hormônios necessários para ter uma amamentação eficaz após o parto, o que não
acontece em um parto natural onde à produção hormonal ocorre simultaneamente.
O tempo necessário do estimulo
hormonal até a produção de colostro em uma mulher que teve cesárea é em torno
de 12 horas e este tempo já é o suficiente para mulher acreditar que não pode
amamentar, sendo que este estado emocional interfere na produção do leite, como
vimos no post Amamentação: o resgate do poder feminino, além disso, durante este período ocorre a primeira refeição do recém-nascido com leite
artificial, dificultando ainda mais um aleitamento materno eficaz.
Não podemos esquecer que o câncer
de mama é a doença com maior índice de morbi-mortalidade entre as mulheres e
que alguns fatores de risco não tem como evitar, como antecedência
familiar, então as mulheres deveriam ao menos possuir algumas atitudes que
auxiliam na prevenção desta doença.
Dentre estas atitudes podemos citar, consumir alimentos naturais e de preferencia orgânicos, porque os hormônios
utilizados na agricultura e agropecuária também estimulam o câncer de mama, praticar atividade física regularmente, não fazer uso de cigarro, alem é claro ter um parto natural e a amamentar seu filho.
Afinal, o parto natural estimula a produção hormonal na medida e na hora certa, para que a
mulher tenha uma amamentação eficaz e assim reduza a sua chance de ter um
câncer de mama no futuro.
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